Que a paz esteja com você!
Existem no Novo Testamento evidências de que os primeiros cristãos, mesmo depois da ressurreição de Jesus, continuaram a guardar o sábado. Veja essas evidências a seguir.
O Salvador ensinou uma oração aos discípulos, especificamente aos primeiros cristãos, mas que tem a nos ensinar nos dias de hoje. "Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para as montanhas; quem estiver sobre o terraço não desça para tirar de casa alguma coisa; e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais." (Mateus 24:15-21). Jesus sabia que Jerusalém iria ser destruída. Por causa do Seu amor pelos Seus seguidores, Ele disse a eles como eles poderiam escapar e qual o sinal que indicaria o momento certo de fugir. Em Mateus 24 não está especificado que sinal é esse, mas em Lucas 21 vemos que esse sinal é Jerusalém cercada de exércitos. Assim que eles vissem esse sinal, deveriam fugir imediatamente, sem buscar nada para levar.
Jesus pediu a eles que orassem para que a fuga não acontecesse no inverno nem no sábado. Você sabe por quê? No inverno, como sabemos, faz muito frio. Nas montanhas faz ainda mais. Assim que o sinal fosse visto, os discípulos deveriam fugir para as montanhas, sem pegar nada em sua casa, um agasalho, um cobertor, nada. Eles, então, sofreriam muito com o frio se a fuga fosse no inverno. Mas e o sábado? Por que Jesus pediu que orassem para que a sua fuga não acontecesse nesse dia?
A destruição de Jerusalém aconteceu mais ou menos no ano 70 depois de Cristo, muitos anos depois que Ele ressuscitou. Algumas pessoas, que consideram que o dia do mandamento foi mudado, dizem que se a fuga fosse no sábado, os judeus iriam atrapalhar a saída dos discípulos de Jesus, pois eles [judeus] não acreditaram em Jesus e continuaram a guardar o sábado, enquanto os discípulos guardavam o domingo. Como os judeus eram muito rígidos em relação ao sábado, eles seriam um obstáculo aos seguidores de Jesus, e por isso nosso Senhor pediu a Seus discípulos que orassem para que o dia da fuga não fosse o sábado. É isso que dizem alguns defensores do domingo. Mas isso não é verdade. Os judeus, extremamente rígidos em relação ao sábado, se esqueceram completamente desse dia sagrado pouco tempo antes da fuga dos discípulos. É o que nos conta um historiador chamado Flávio Josefo, nascido aproximadamente no ano 37 d.C. Céstio, comandante romano, levantou acampamento perto de Jerusalém. Quando os judeus viram que a guerra estava se aproximando, ficaram com muita raiva, e, no dia de sábado, partiram pra cima dos romanos, se esquecendo completamente que aquele era um dia santo. Depois, Céstio cercou a cidade de Jerusalém, dando o sinal que Jesus disse. Porém ele [Céstio], como disse Josefo, sem nenhum motivo, recuou de repente. Os judeus, então, se encheram de coragem e perseguiram o exército. Esse foi o momento oportuno para os discípulos fugirem, sem nenhum inimigo para impedir, nem romanos nem judeus. Se Céstio tivesse recuado no dia de sábado, muito provavelmente os judeus o teriam perseguido mesmo assim, como fizeram alguns dias antes. Portanto, os judeus não seriam um empecilho para a fuga dos discípulos caso ela se desse no dia de sábado. Por que, então, Jesus pediu a eles que orassem para que sua fuga não fosse no dia de sábado? Para que eles não precisassem violar um mandamento para sobreviver à destruição de Jerusalém! Isso mostra que Jesus não queria que seus seguidores transgredissem o sábado. Lembrando que Ele já sabia quando seria a destruição, e ela aconteceu muitos anos depois da Sua ressurreição. Em outras palavras, Jesus queria que Seus discípulos guardassem o sábado depois de Sua ressurreição. Os discípulos obedeceram, orando como Jesus pediu. Como eles se esqueceriam do sábado, se estavam fazendo continuamente uma oração para que eles não fossem forçados a violá-lo? Deus atendeu ao seu pedido, e a fuga não foi nem no inverno nem no sábado.
Paulo estava na Antioquia da Pisídia junto com alguns companheiros, e entraram na sinagoga, no sábado. Eles foram convidados a discursar pelos principais da sinagoga, e Paulo tomou a palavra. Ele, com suas palavras, estava provando que o Salvador de Israel era Jesus, levantado da descendência de Davi, conforme a promessa. Depois que os judeus saíram da sinagoga, os gentios pediram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas. E no sábado seguinte quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra de Deus. Confira todas essas coisas em Atos 13.
Isso aconteceu alguns anos depois da ressurreição de Jesus. Paulo pregou na sinagoga em um sábado, e os gentios pediram-lhe que pregasse novamente no sábado seguinte. Não seria uma boa oportunidade para mencionar a mudança do sábado para o domingo? Vamos colocar palavras na boca de Paulo. Ele poderia ter respondido aos gentios: "Meus irmãos, é mais apropriado nos reunirmos no primeiro dia da semana, dia em que nosso Senhor ressuscitou.". Mas ele não disse isso. Pelo contrário, aceitou o convite e pregou no dia de sábado. E ele não fez isso por consideração aos judeus, porque a maior parte das pessoas que se reuniram eram gentios. Para quem não sabe, gentios eram os que tinham uma religião pagã, que não era do Deus verdadeiro.
Alguns fariseus que tinham se convertido ao cristianismo diziam que os gentios que também haviam se convertido precisavam ser circuncidados e seguirem a lei de Moisés para serem salvos. Os apóstolos, então, se reuniram em Jerusalém para resolver essa questão. Antes de dizer o que foi decidido, quero chamar a atenção para uma coisa: os fariseus eram extremamente zelosos com o sábado (até passavam do ponto). Se os gentios não estivessem guardando o sábado e guardando outro dia, eles [fariseus] muito provavelmente teriam os repreendido por isso. Certamente seria a primeira e mais forte repreensão. Esses fatos (o concílio de Jerusalém, o motivo que levou à sua realização e o que nele foi decidido) estão relatados em Atos 15. Como podemos ver, a guarda do sábado não estava em discussão, nem nenhum outro mandamento da lei moral. O que estava sendo analisado era a lei de Moisés, com ênfase na circuncisão. O que foi decidido foi o seguinte: os gentios não precisavam ser circuncidados nem seguir todos os preceitos da lei de Moisés, mas algumas coisas ainda eram obrigatórias, a saber, não comer carnes sacrificadas aos ídolos, não comer sangue, não comer animais sufocados e se abster da fornicação. O sábado do Senhor foi mencionado nesse concílio, mas não como um preceito cuja observância estava sendo discutida, mas sim como um mandamento cumprido. "Porque Moisés tem, em cada cidade, desde tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados." (Atos 15:21).
Paulo estava em Filipos. "Nesta cidade, permanecemos alguns dias. No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido. Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia." (Atos 16:12-14). Paulo e seus companheiros saíram da cidade no sábado e se dirigiram para um lugar de oração. Era mesmo o dia apropriado para isso. Algumas pessoas dizem que o fato de que Paulo frequentava a sinagoga no sábado não significa que ele guardava esse dia, dedicando-o a Deus. Porém nesse caso somos informados que ele não foi a uma sinagoga, mas para um lugar em que fosse possível fazer orações. Sua intenção então muito provavelmente era guardar o dia de sábado.
Vemos que algumas mulheres se reuniram lá, e ouviam o que eles diziam. Provavelmente não se trata de judeus, mas de gentios, que temiam a Deus e muito provavelmente guardavam o sábado. Assim surgiu a igreja dos filipenses.
"Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga de judeus. Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, disputou com eles acerca das Escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e Este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio. Alguns deles foram persuadidos e unidos a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres." (Atos 17:1-4). Vemos que Paulo estava em Tessalônica e foi procurar os judeus, na sinagoga. Alguns judeus e muitos gregos se converteram. Preste atenção nestes detalhes: se reuniram na sinagoga judeus e gentios, e essa reunião acontecia no sábado. Nesse texto são mencionadas três reuniões, todas no sábado. Concluímos, portanto, que os membros da igreja de Tessalônica, tanto judeus quanto gentios, ambos convertidos ao cristianismo, guardavam o sábado.
"Então Paulo deixou Atenas e foi para Corinto. Ali ele encontrou um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que tinha chegado recentemente da Itália com sua esposa Priscila. Eles tinham sido expulsos de Roma por causa da ordem de Cláudio César. Paulo foi visitá-los e morou e trabalhou com eles, pois eram fabricantes de tendas, como ele. Todos os sábados Paulo estava na sinagoga, procurando convencer tanto os judeus como os gregos." (Atos 18:1-4). Mais um lugar em que Paulo encontra na sinagoga, no sábado, judeus e gentios. Os membros da igreja de Corinto também guardavam o sábado. Mas alguém pode dizer: "Os membros dessas igrejas (filipenses, tessalonicenses, coríntios) guardavam o sábado, mas isso antes de aceitarem o evangelho. Depois de se converterem, eles passaram a guardar o domingo, primeiro dia da semana, o sábado cristão.". Isso não é verdade. As igrejas da Macedônia e da Acaia, incluindo a de Filipos e a de Corinto, seguiam o exemplo da igreja de Tessalônica. "Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra em meio a muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de maneira que vos tornastes exemplo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia. Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma." (1 Tessalonicenses 1:68). E a igreja de Tessalônica seguia o exemplo das igrejas da Judéia. "Tanto é assim, irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus existentes na Judéia em Cristo Jesus; [...]" (1 Tessalonicenses 2:14). E as igrejas da Judéia guardavam o sábado: seus membros conheciam o mandamento desde a infância. Além disso, eles faziam constantemente uma oração relacionada ao sábado que Jesus havia lhes ensinado. Lembra qual? Jerusalém seria destruída, e eles precisavam fugir antes da destruição. Jesus ordenou aos discípulos da Judéia que orassem para que a fuga não fosse no sábado, para que eles não violassem o mandamento. A destruição de Jerusalém ocorreu muitos anos após a ressurreição de Jesus. Ou seja, mesmo depois da ressurreição de Jesus, os discípulos se lembravam sempre do sábado, orando para que não precisassem violá-lo para sobreviver à destruição de Jerusalém.
A mudança do sábado aconteceu MUUUUITO tempo depois da ressurreição de Jesus; os apóstolos e o povo que ouvia a sua voz continuaram a guardar o sábado por muito tempo. Se você guarda o domingo, não precisa ter medo. Eu também já fui um guardador do domingo. É que o sábado ainda não me tinha sido devidamente apresentado. Mas Deus está disposto a perdoar a todo aquele que verdadeiramente se arrepende.
Que Deus abençoe você!
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